A
pressão continua aumentando para que o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP)
renuncie à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Ontem à
tarde, 20, ocorreram mais manifestações na plenária e a sessão da Comissão foi
conturbada. Feliciano apenas abriu a reunião. Acabou saindo após cerca de oito
minutos, após vaias, protestos e faixas de integrantes de movimentos LGBT que
furaram a segurança da Câmara. Aparentemente, o único deputado a apoiar
Feliciano é Jair Bolsonaro (PP-RJ), que inclusive discutiu com os
manifestantes.
Por
causa disso e do vídeo divulgado pelo pastor, o presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chamou o líder do PSC, André Moura
(SE), para insistir que o partido substitua Feliciano por outro nome.
O
líder do PSC garantiu a Henrique Alves que iria conversar com Feliciano sobre a
possibilidade de ele deixar o comando da comissão. “Vamos conversar com o
pastor e fazer uma avaliação das manifestações externas e das ponderações do
presidente da Casa”, disse.
Alves
cobrou uma “solução respeitosa” para o caso, lembrando que era “preciso
maturidade e responsabilidade”. Ressaltou que o PSC resolva a questão nos
próximos dias. “Foi o apelo que fiz ao líder, eles entenderam que há
necessidade de uma solução que satisfaça todos os lados”.
Depois,
o presidente disse à imprensa: “Vamos encontrar uma solução que permita o bom
andamento para os trabalhos desta Casa e a solução sai hoje [ontem]”. Ao
comentar com algumas pessoas que Feliciano “ainda” não havia renunciado ao
posto, vários jornais deram a informação que isso deveria acontecer hoje.
Todas
as sessões em que Feliciano foi presidente, houve tumulto, bate-boca e
protestos. Mesmo assim, o deputado não pretende entregar o cargo. Procurado
pelo Gospel Prime, o pastor resumiu-se a dizer que o que existe são boatos e
que ele não vai renunciar.
Capitaneados
por Jean Wyllys, alguns deputados lançaram ontem uma frente parlamentar para
rivalizar com a comissão em debates sobre a questão dos direitos humanos.
Segundo a coluna Radar, da VEJA, Marco Feliciano está em rota de colisão até
com o seu próprio partido. Como lhe é peculiar, disse uma frase contraditória
“O partido é soberano, mas eu não renuncio. Não renuncio”.
Aliados
argumentam que uma desistência significaria uma concessão aos grupos rivais.
Outros sugeriram que ele fosse retirado da função, mas essa medida não tem
previsão regimental. Legalmente, Feliciano tem mandato de um ano à frente da
comissão.
 
 
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