O gol dá
ao atacante um protagonismo que por alguns minutos foi de Oscar, autor de um
golaço, quase do meio-campo – Torres fez o outro dos Blues – e por muito pouco
não foi de Willian. Cobiçado pelo Chelsea, o camisa 10 marcou duas vezes para o
Shakhtar e ainda salvou um gol de Ivanovic em cima da linha aos 40 da etapa
final.
saiba
mais
Veja a
tabela de jogos e a classificação dos grupos da Champions
Com o
resultado, o time inglês chegou aos mesmos sete pontos do Shakhtar, mas assumiu
a liderança da chave no saldo de gols. O Juventus, que venceu o Nordsjaelland,
em casa, por 4 a 0 (gols de Marchisio, Vidal, Giovinco e Quagliarella), chegou
aos seis e embolou de vez o grupo. Na próxima rodada, dia 20, ingleses e
italianos se enfrentam em Turim, enquanto os ucranianos viajam à Dinamarca para
pegar o lanterna, com um ponto, Nordsjaelland.
Oscar
acerta belo chute de longe e faz golaço para o Chelsea contra o Shakhtar  (Foto: Agência AFP)
Shakhtar
domina, Chelsea decide, e Oscar faz golaço
Um
Chelsea de lampejos, até certo ponto dominado pelo adversário, mas decisivo e
mortal. A fórmula que deu certo na reta final da temporada passada e estava
guardada na gaveta, voltou a aparecer. Desta vez, há de se deixar claro, com
muito mais brilho, fruto da técnica refinada do trio Mata, Hazard e,
principalmente, Oscar. Bem arrumado e com uma autoconfiança até certo ponto
impressionante, o Shakhtar teve mais posse de bola, controlou o jogo, mas
provou do mesmo veneno de Barcelona e Bayern em investidas certeiras dos Blues
nos 45 minutos iniciais.
Já na
saída de bola, os ucranianos deixaram claro que não se defenderiam ou ficariam
satisfeitos com um empate. Abusando da troca de passes, se mandaram para o
ataque e deram o primeiro chute da partida, com Mkhitaryan. Ao contrário de
Donetsk, porém, desta vez foi o Chelsea quem contou com a sorte para abrir logo
o placar.
Luiz
Adriano comemora com Willian, que marcou
duas
vezes para o Shakhtar  (Foto: Agência
AFP)
Pouco
após receber a chuteira de ouro de artilheiro da Euro 2012, Fernando Torres
desperdiçou boa oportunidade, aos cinco minutos, ao errar cabeçada na pequena
área, na frente de Pyatov. A torcida foi a loucura, esperneou, gritou, e, de
repente, foi surpreendida. O goleiro optou por sair a bola curto com Rakitsky,
que recuou de volta. O próprio Torres partiu em disparada para pressionar o
rival, que tentou dar um chutão, acertou o espanhol e viu a bola morrer mansa
no fundo das redes, aos seis. Gol do Chelsea, gol típico de um atacante como
Torres.
A
desvantagem, por sua vez, não assustou o Shakhtar, que seguiu apostando na
troca rápida de passes e precisou de apenas três minutos para empatar.
Fernandinho invadiu a área pela direita, contou com escorregão de Bretrand e
ficou livre para cruzar rasteiro. A bola encontrou Willian na marca do pênalti,
e o camisa 10, alvo de tanta cobiça dos Blues, só teve o trabalho de deslocar
Cech: 1 a 1.
Com
Fernandinho como principal organizador, a equipe de Donetsk ganhou o meio-campo
e passou a dominar a partida. Após cobrança de escanteio, Bertrand quase marcou
contra, e a torcida inglesa já dava sinais de apreensão. Responsáveis por levar
o time ao ataque, Hazard, Mata e Oscar demoravam a entrar no jogo, e Ramires,
muito caçado em campo, não dava conta sozinho. Assim, os lances de perigo ficavam
restritos a raras e atabalhoadas jogadas de Torres.
Senhor
da partida, o Shakhtar ditava o ritmo e parecia que iria marcar a qualquer
momento. Aos 31, depois de bela triangulação com Luiz Adriano e Fernandinho,
Alex Teixeira chutou firme e tirou tinta da trave. Os ucranianos usavam a mais
eficiente das estratégias para se “defender”: mantinham a posse de bola (57% x
43% no primeiro tempo). Eles não contavam, porém, com a genialidade de Mata e
Oscar.
Confiante,
o time de Lucescu avançava cada vez mais, e deixava espaços no campo defensivo.
E foi justamente aí que o Chelsea marcou o segundo gol. Aos 40, Mata aproveitou
roubada de bola na intermediária e tentou ligar rapidamente Ivanovic no meio.
Desesperado, Pyatov saiu da área e cortou de cabeça. A bola foi parar no peito
de Oscar, que dominou e emendou quase do grande círculo com estilo para marcar
um golaço, o quarto do brasileiro na competição, e garantir a vantagem azul no
intervalo.
Duelo
brasileiro no Stamford Bridge: Fernandinho, do Shakhtar, e Ramires, do Chelsea
(Foto: Getty Images)
Willian,
o cobiçado, marca mais uma vez
Na volta
para o segundo tempo, o Shakhtar tratou logo de mostrar que não tinha medo dos
campeões europeus, fosse na versão nova ou antiga. Com a mesma calma e estilo
de jogo da etapa inicial, a equipe trocou passes até Fernandinho encontrar
Srna, livre pela direita, em mais um vacilo de Bertrand. O lateral cruzou
rasteiro para trás e novamente Willian só teve o trabalho de tocar no canto: 2
a 2, aos dois minutos, em lance idêntico ao primeiro gol do ex-corintiano.
A
igualdade fez com que os ucranianos crescessem e partissem em busca da virada,
que quase aconteceu com Mkhitaryan, aos oito. Após a zaga afastar cobrança de
escanteio, o camisa 22 emendou bonito e acertou a trave esquerda de Cech.
Atordoado, o Chelsea não criava nada e entrava na roda.
Dominado,
os ingleses assustavam apenas em jogadas de bola parada, como a que Mata cruzou
para Obi Mikel marcar de cabeça. O nigeriano, no entanto, teve posição de
impedimento bem assinalada. À sombra de Oscar e Mata na primeira etapa, Hazard
começou a chamar a responsabilidade e obrigou Pyatov a fazer boa defesa aos 27.
Pouco depois, o belga ainda serviu Ramires, que invadiu a área e pediu pênalti
em choque com Srna. Nada foi marcado.
Nos
minutos finais, o Shakhtar passou a pressionar o Chelsea, mas foi castigado no
último minuto, já nos acréscimos: aos 49, Moses (que substituiu Oscar aos 35)
subiu bem após escanteio cobrado por Mata e cabeceou no ângulo do goleiro, sem
defesa.
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário