O pedido do parlamentar foi feito após análise dos
dados da Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Econômico
(Seplande) que comprova a grande concentração de indústrias em Maceió e
Marechal Deodoro. Inclusive, Joãozinho Pereira defende a instalação da Cerâmica
catarinense Portobello no município de São Miguel dos Campos ou Penedo e não no
Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro, como foi
anunciado, onde já conta com mais de 80% de indústrias em todo seu entorno.
“Queremos melhores condições para que os empresários
se interessem em instalar suas empresas em outros municípios e não se concentre
apenas na capital e região metropolitana. 
Arapiraca terá uma subestação a partir de maio, que irá fornecer energia
de qualidade e por que não tem sido contemplado.  O que queremos é que seja igualitário e haja
benefícios que serão traduzidos em geração de emprego e renda. Fiquei
preocupado com o índice de desemprego em Alagoas; a sazonalidade da
cana-de-açúcar vem desempregando há mais de 40 anos e, enquanto isso, os
empregos estão concentrados em poucos municípios”, questionou Pereira.  
Segundo levantamento feito na Seplande, de 2007 até
2013, Alagoas recebeu 71 indústrias e, destas, mais de 70% se encontram em
Maceió, 26% em Marechal Deodoro e 6% no município de Rio Largo. Arapiraca
recebeu apenas quatro empreendimentos e Palmeira dos Índios um. “Isso é grave,
por isso defendo a descentralização dessas indústrias para que o
desenvolvimento chegue aos demais municípios, do contrário, em um futuro próximo
vamos inchar Maceió e seus arredores”, considerou Joãozinho Pereira,
solicitando ainda do governo do Estado a instalação de polos industriais nas
regiões do Sertão e Agreste de Alagoas.
Em aparte, o deputado Sérgio Toledo (PDT) reforçou a
necessidade de incentivos fiscais e de infraestrutura para que as empresas
tenham interesse de se instalar nos municípios. Segundo ele, a maior
abrangência na capital e em Marechal Deodoro se dá devido ao menor investimento
e o apoio da indústria Braskem que tem sido parceria para o baixo custo no
fornecimento de água e gás natural. 
“Nenhuma indústria vinha para Alagoas antes da Braskem, que fez um
gasoduto em Pilar para possibilitar o fornecimento do gás natural. É necessário
que a Algás também o faça para que as empresas tenham interesse de se instalar
em outros municípios. Elas utilizam máquinas estrangeiras que exigem uma boa
infraestrutura para que não se danifiquem e tragam grandes prejuízos. O governo
do Estado tem que intervir junto ao governo federal para conseguir oferecer
atrativos aos empresários pelo menos no que compete a riqueza natural de
Alagoas, já que somos um estado pobre financeiramente” finalizou, lembrando a
hidrelétrica que eixou de se instalar em Alagoas devido a falta de gás natural
necessário.
O assunto foi bastante debatido na Casa, e ainda
provocou o aparte dos deputados Jota Cavalcante (PDT), Antonio Albuquerque
(PTdoB) e Inácio Loiola (PSDB).
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário